MÚSICA

DINHO LEME, baterista de OS MUTANTES

DINHO LEME, baterista de OS MUTANTES
Publicado em 20/10/2024 às 12:02

DINHO LEME, ex-baterista do conjunto mais icônico do país – OS MUTANTES – só não nasceu no município, mas ao passar toda a adolescência em nossa cidade se considera um “ranchariense da gema”.

Começou a tocar no conjunto OS DELFINS, de Rancharia, e ao se mudar com a família para São Paulo (o pai, Joinville Pahim Leme, era gerente do Banespa), Dinho em pouco tempo foi parar em OS MUTANTES, com Sérgio, Arnaldo e Rita Lee.

Dinho sempre segurou as loucuras rítmicas impulsionadas pelo trio Sérgio, Arnaldo e Rita. Desde a fase da tropicália como mostra o vídeo (abaixo, nesta postagem) com a música “Batmacumba”, gravada em 1968  – há 56 anos – que simboliza um pouco da cultura popular brasileira. A música de letra repetitiva é de autoria de Caetano e Gil. Considerada musicalmente como uma “explosão de criatividade”, a banda é amparada pelo compasso da bateria que no final, Dinho, como sempre, faz um solo tão conhecido dos rancharienses que conviveram com ele.

Dinho foi também o pilar de sustentação das músicas que tornaram a banda como uma das principais do rock brasileiro. A banda parou em 1978 e depois ressurgiu com um show, em Londres, em 2006, que a crítica britânica considerou “a maior banda psicodélica do mundo”, “a resposta brasileira ao Pink Floyd” e “o grupo que estava destinado a conquistar o planeta”. Na época, segundo a BBC, músicos da Grã-Bretanha definiam o som dos Mutantes como “bom demais para ser verdade”.

Rita Lee foi substituída por Zélia Duncan. No show de Londres, Dinho é postado no palco num plano acima dos músicos e novamente dá o seu show particular ao final da música “Balada do Louco” (postada abaixo).

Pois bem, tudo isso, toda a história da principal banda de rock do Brasil deverá estar no ‘Museu Municipal de Rancharia”, idealizado pelo jornalista Ulisses de Souza, que já se encontrou com Dinho, seu amigo inseparável de adolescência, que confirmou a entrega para o projeto das baquetas que usou no show místico de Londres e os principais audiovisuais da sua história com a banda. (Jornal O FATO)