Hoje (15 de outubro), por ironia, é Dia do Professor. Nada a comemorar em Rancharia. No ano passado, segundo o Censo Escolar, 417 docentes dependiam do nefasto projeto educacional do governo Marquinhos do Povo.

Os mestres são os pilares que devem sustentar a boa qualidade no ensino. Em Rancharia, a categoria anda desmotivada. Marquinhos e Ieia usaram a educação sobre vagões do “trem da alegria”. Deu no que Deu! O resultado desastroso mostra que o município tem enfrentado dificuldade para atingir as metas do Ideb em 17 anos de existência. Principalmente nos itens referentes aos anos finais do ensino fundamental, 6º ano ao 9º ano.

Os dois governos que administraram Rancharia em quase 20 anos não souberam segurar os alunos na escola depois do 5º ano.

Educação é o coração de uma administração municipal. Área merecedora de políticas públicas. Se não funcionar dá taquicardia em toda a população. Não se produz novas lideranças. Aliás, essa sempre foi a tática de coronéis conservadores que ainda mantém o poder em cidades como Rancharia. Povo inculto é povo cabresteado politicamente.

Nossos dois últimos gestores disputaram o caciquismo político. Queriam o poder pelo poder. Tanto é assim que, mesmo com a destruição que causaram ao município, cada um detém metade dos 80% dos votos válidos de Rancharia, como foi o resultado das eleições deste ano. O resto é conversa fiada.

Essa alça de mira política – de geração para geração – levou-os a não planejar, a não estabelecer metas na educação, sem qualquer objetivo principalmente sabendo que um bom projeto de políticas públicas vai além dos quatro anos de um mandato.

Desde a época que Marquinhos do Povo conseguiu herdar os votos do ex-prefeito Eduardo Franco, há mais de dez anos, nem ele, nem Ieia conseguiram se reeleger como prefeito. Ieia perdeu uma eleição para Marquinhos, e este perdeu duas, uma para Ieia e outra para Homero Facão, que teve o apoio do ex-prefeito Ieia.

A partir de janeiro, Ranharia terá um novo prefeito, emergente da elite política do município. Afeito ao governador Tarcísio de Freitas, que não traga para o ensino municipal as escolas cívico-militares que estão sendo implantadas na rede estadual.

O ensino municipal de Rancharia exige o comando em secretaria de alguém que saiba pelo menos o que é o Fundeb e quais os programas de políticas públicas que estão sendo implantados pelo ministro da Educação, Camilo Santana, que como governador do Ceará colocou esse estado como um dos mais expoentes na área do ensino. Tanto é assim que atualmente 31 municípios do Ceará estão entre os 50 melhores do país que oferecem uma educação de qualidade e de resultados.

Para recuperar a educação em Rancharia há que se fazer um projeto para vários anos que prevê a introdução de escolas em tempo integral.

Hoje, Dia do Professor, o MEC divulgou o projeto que valoriza o docente “por meio de diversas políticas e ações que proporcionem formação inicial e continuada dos professores, qualificação profissional, planos de cargo, carreira e remuneração, entre outras iniciativas”.

Mas, o município tem que aderir ao Plano Nacional de Educação, negado pelo governo Marquinhos do Povo, que tantas besteiras fez nessa área, inclusive sendo condenado por comprar apostilas superfaturadas, quando o MEC oferece gratuitamente.

O próprio governo Tarcísio de Freitas tentou introduzir um Plano de Educação Estadual por meio de um secretário de Educação que privatizou o ensino no Paraná. Teve que recuar e aderir ao governo Federal.

Que o prefeito eleito, Homero Pinelli Severo Lins, ofereça à educação condições a fim de apresentar um projeto e metas que possam recuperar o combalido ensino municipal, que sequer sabe distribuir as verbas oriundas do Fundeb.

A conferir, a partir de janeiro de 2025.